A necropsia é um exame médico realizado após a morte para identificar a causa do falecimento. Também conhecida como autópsia, a necropsia é um procedimento técnico que pode ser solicitado por motivos legais, científicos ou clínicos.
Além de contribuir para investigações e estudos, ela ajuda a trazer respostas em momentos de dor e incerteza.
Neste conteúdo, você vai entender o que é necropsia, quais são os tipos existentes, como o exame é feito, quando é necessário.
O que é um exame de necropsia?
A necropsia, também chamada de exame cadavérico ou autópsia, é um procedimento médico que analisa o corpo de uma pessoa após o falecimento. O exame envolve a avaliação interna e externa dos órgãos e tecidos, com o objetivo principal de identificar a causa da morte.
Dependendo do contexto, a necropsia pode ter finalidade médica (como nos casos de doenças não diagnosticadas), legal (em mortes suspeitas ou violentas) ou científica (para ensino ou pesquisa).
Feita por profissionais habilitados, como médicos legistas ou patologistas, a necropsia é essencial na medicina legal, auxiliando investigações criminais e oferecendo subsídios técnicos para processos judiciais.
Além disso, tem um papel importante para a saúde pública, ao permitir o acompanhamento de doenças e falecimentos em contexto hospitalar.

Quais são os tipos de necropsia?
A necropsia pode ser classificada em diferentes tipos, de acordo com sua finalidade e contexto de aplicação. Cada técnica tem procedimentos específicos e atende a necessidades distintas do cuidado com pacientes à elucidação de crimes:
- Necropsia clínica: realizada em hospitais quando a causa da morte não está totalmente esclarecida, mesmo com exames em vida. Serve para confirmar diagnósticos e contribuir com a medicina. É comum, por exemplo, em casos de doenças raras ou evoluções inesperadas em internações;
- Necropsia forense: feita pelo Instituto Médico Legal (IML) em mortes suspeitas, violentas ou sem causa evidente. É obrigatória quando há investigação criminal, como em casos de homicídio, suicídio ou acidentes fatais. Ajuda a identificar lesões, tempo de morte e outros indícios relevantes;
- Necropsia acadêmica: utilizada no ensino de anatomia e patologia, principalmente em cursos de Medicina. Os corpos são doados para fins educativos e o procedimento segue regras éticas rigorosas;
- Necropsia virtual (virtópsia): um exame não invasivo que utiliza tecnologias como tomografia e ressonância para investigar o corpo sem abertura. Embora ainda pouco comum no Brasil, a equipe médica já a usa em centros avançados e a considera uma alternativa em casos de restrição religiosa ou familiar.
Essas diferentes técnicas de necropsia atendem à complexidade das situações pós-vida, mostrando que o exame vai além do aspecto médico: ele tem impacto legal, social, educativo e emocional.
Leia também: O que é tanatopraxia? Entenda o processo e importância
Como é feito o exame de necropsia?
O exame de necropsia é um procedimento médico conduzido com responsabilidade e critério técnico, seguindo etapas padronizadas e respeitosas, realizadas em local apropriado como o hospital, o IML ou o laboratório de ensino.
O processo segue uma sequência técnica, normalmente conduzida por médico legista (na necropsia forense) ou patologista (na clínica), com apoio de auxiliares treinados:
- Análise externa
Observação da superfície do corpo, em busca de sinais como hematomas, ferimentos, rigidez, marcas ou alterações que indiquem causas externas.
- Abertura das cavidades
Com instrumentos cirúrgicos, o profissional abre as regiões torácica, abdominal e, quando necessário, a craniana, sempre de forma controlada.
- Verificação dos órgãos internos
O patologista avalia cada órgão quanto à coloração, tamanho, presença de lesões, sinais de doenças ou anormalidades que ajudem a esclarecer o óbito.
- Coleta de amostras
O profissional pode retirar fragmentos de tecidos, fluidos ou órgãos para análises complementares em laboratório, como toxicológicos ou histopatológicos.
- Fechamento do corpo
Ao fim do exame, a equipe cuidadosamente higieniza e reconstitui o corpo, respeitando padrões éticos e humanizados, de forma que o profissional possa prepará-lo para o velório.
Esse procedimento de necropsia é necessário para esclarecer mortes com dúvidas clínicas ou jurídicas, contribuindo com a medicina legal, a ciência e o acolhimento das famílias.
Qual a diferença entre autópsia e necropsia?
No Brasil, pessoas frequentemente usam os termos autópsia e necropsia como sinônimos, referindo-se ao exame médico que o profissional realiza em um corpo após a morte para investigar a causa do óbito.
A distinção entre eles está na origem etimológica das palavras, mas não há diferença prática ou técnica no procedimento. Em documentos oficiais, na linguagem jurídica e na medicina legal, o termo “necropsia” é o mais adotado, por ser mais preciso em relação ao objeto do exame.
Confira a comparação abaixo:
| Aspecto | Necropsia | Autópsia |
| Origem da palavra | Do grego nekros (morto) + opsis (ver) | Do grego autos (por si mesmo) + opsis (ver) |
| Significado literal | “Ver o morto” | “Ver por si mesmo” |
| Uso técnico no Brasil | Preferido em textos científicos e legais | Mais comum em linguagem geral ou informal |
| Aplicação prática | Procedimento médico para investigar a morte | Mesmo procedimento técnico da necropsia |
| Contexto de uso | Medicina legal, IML, hospitais | Conversas informais, notícias, cultura geral |
Embora a diferença entre necropsia e autópsia seja, na prática, apenas linguística, é importante compreender o significado técnico de cada termo.
Profissionais da saúde e do direito geralmente utilizam “necropsia” porque o consideram mais adequado ao descrever o exame cadavérico que legistas, patologistas ou peritos oficiais fazem. Já o uso popular do termo “autópsia” permanece comum, especialmente em reportagens e produções audiovisuais.
Quem pode realizar uma necropsia?
A necropsia é um exame técnico que profissionais da área médica com formação específica só podem realizar. Em casos legais, como mortes violentas ou suspeitas, médicos legistas, geralmente vinculados ao Instituto Médico Legal (IML), conduzem o procedimento.
Já em ambientes hospitalares, quando o objetivo é esclarecer a causa clínica da morte, patologistas fazem o exame. Ambos são médicos com especialização em áreas que envolvem análise post-mortem.
Esses profissionais contam com o apoio de técnicos ou auxiliares de necropsia, que ajudam em tarefas como a abertura e fechamento do corpo, manuseio de instrumentos e coleta de amostras.
Embora os auxiliares não realizem o exame principal, seu papel é indispensável para garantir a precisão e o respeito durante o processo.
Para atuar na área, os caminhos são:
- Médico legista: formação em Medicina com especialização em Medicina Legal;
- Patologista: formação em Medicina com especialização em Anatomia Patológica;
- Auxiliar/técnico de necropsia: curso técnico específico, exigido em concursos públicos e hospitais.
Equipes treinadas sempre conduzem o exame de necropsia, portanto, unindo conhecimento técnico com sensibilidade, dada a natureza delicada da função.
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Entender o que é necropsia ajuda a lidar com o luto
Como você viu, compreender o que é necropsia e como a equipe a realiza permite que as famílias enfrentem o momento da despedida com mais informação e menos incertezas. Saber quem realiza o exame, quando ele é necessário e por que é importante pode ajudar a lidar com a perda de forma mais consciente e respeitosa.
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Perguntas frequentes sobre o que é necropsia
Ainda com dúvidas sobre o tema? Abaixo temos as respostas para as perguntas mais comuns sobre o tema:
O corpo é analisado por fora e por dentro para identificar a causa da morte. O exame inclui observação externa, abertura das cavidades, análise dos órgãos e coleta de amostras.
Na prática, os dois termos são usados como sinônimos. A diferença está apenas na origem das palavras, sendo ambas formas corretas de se referir ao exame post-mortem.
Sim. A necropsia é feita por médicos especializados, como legistas ou patologistas. Eles atuam com o apoio de técnicos e auxiliares treinados para auxiliar no procedimento.
